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Evidências.




  Foto: Lua Cheia

 O assunto do momento é "Terra Plana". Vejam que já dão conta de que 7% da população brasileira diz acreditar no formato plano da terra. Antes de prosseguir, aproveito para esclarecer que acredito no modelo de "terra globo", geoide, "bola molhada giratória", mas respeito quem acredite no modelo tema deste texto.

 Todos os dias novas polêmicas são colocadas em pauta. Polêmicas que vão desde a não existência de satélites geoestacionários, passando pela impossibilidade de cruzar o continente antártico e culminando com a religiosidade. Gravem esse último item, pois em minha humilde opinião, ele é pilar fundamental desta discussão.

 De acordo com os estudiosos do modelo plano, o planeta terra na verdade não seria um planeta, mas sim um "reino", inclusive uma das citações explica a etimologia da palavra planeta, que segundo tal explicação significa "estrela errante". De todas as consultas a etimologia do verbete "planeta" que eu pude encontrar, o resultado foi o mesmo. A palavra é de origem grega: "planétes" [πλάνητες]. Significa "viajante" ou "o que vagueia". O termo "astro errante" ou "estrela errante" vem da expressão grega "planétes asteres" [πλάνητες ἀστέρες], ou seja, diferente da explicação terraplanista.

 Outra questão levantada dá conta de que há um limite na atmosfera terrestre. Isso parece um ponto em comum, mas não é. Isso porque para muitos terraplanistas, a terra tem um domo que cobre tudo, selando-a do que há no exterior. Essa parte do assunto é complexa e foge completamente ao meu conhecimento, já que não aprofundei os estudos sobre tais alegações que dão conta da presença de plasma e do que chamam de "águas superiores". O que ficou claro para mim é que para todos os terraplanistas, há sim uma borda do planeta, melhor dizendo, uma "parede de gelo" que seria o real formato do continente antártico. Há ainda alguns terraplanistas que acreditam que hajam terras além da parede de gelo, porém, no geral, essa parte do debate é minimamente explorada publicamente. O combustível que alimenta essa teoria é a regulação do território antártico através de um tratado assinado inicialmente por 13 países em 1º de dezembro de 1959, logo após o ano geofísico em 1958. O tratado é complexo, em teoria determina que todas as nações têm o direito a explorar cientificamente o território antártico, desde que para fins pacíficos. O fiel depositário deste tratado é os Estados Unidos da América e, por acaso esse tratado foi prorrogado em 1991, valendo até 2041. Porém os terraplanistas alegam que não seja possível o voo sobre o continente antártico, bem como o acesso ao cidadão comum ao território de maneira autônoma. Sendo permitidas apenas visitas turísticas guiadas em pontos específicos e que são supervisionadas por militares que patrulham a região. Situação polêmica.

 O ápice do meu entendimento sobre o assunto aconteceu após analisar cautelosamente cada terraplanista que pude assistir. Todos, sem exceção, falam de forma diferente quando o debate resvala na questão religiosa. Na minha visão, o grande motor desse debate é sim a questão religiosa. Basta uma analise fria para perceber que o modelo da terra plana dá conta de provar que tudo que conhecemos é sim a obra do Criador, e que ao provar o modelo, provaremos de maneira cabal a existência dele, Deus. Junte as peças e dê um passo para trás, e assim verá tudo o que acabo de escrever. Curiosamente alguns terraplanistas tentam desmembrar a questão religiosa da chamada pesquisa cientifica do modelo. Mas, mais uma vez não consigo ver como não manter esse elo mestre no debate. Eu creio em Deus, criador dos céus e da terra e de tudo o que há, mas não aceito o modelo da "terra plana". 

 Outros aspectos e grandezas estão presentes no debate. Dentre elas a gravidade, a farsa da ida na lua, a presença de grupos secretos que dominam os rumos da população mundial e a NASA como sendo a viga mestra de todo esse engodo épico. É um tema complexo, conforme eu disse no inicio do texto. Ele demanda muitas horas de explanações e de pesquisa. O que me entristece é a maneira como a sociedade comum trata o tema e principalmente seus proponentes. É uma profusão de intolerância sem tamanho, regada a xingamentos, humilhações e falta de ética. Isso demonstra que a maioria da sociedade moderna não está nem um pouco preparada para debates maiores. Como diria Dias Gomes através de Odorico Paraguaçu:

"A Ignorância é que Atravanca o Progresso!"

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