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Fogo e Paixão.


Foto: Flerte inusitado


 De volta às palavras aqui estou. Sem mais delongas já vou avisando que, durante este hiato, quase nada mudou. As únicas coisas factíveis são, na verdade, falácias. Todas tão rasas quanto maré de bacia plástica. Todas mais toscas que as ideias presentes nas cabeças dos militantes cegos de qualquer um dos lados do espectro.

 A bola da vez é o fogo na Amazônia. Fogo esse que quase como a letra de Wando incita paixões inusitadas. E movidos por essas paixões, eis que colocaram um "Nero Tupiniquim" no trono. Só que não! Quem acredita nisso enxerga tanto quanto o saudoso Ray Charles, talvez menos até. 


 A coisa tá tão "braba" nesse sentido que estão até acreditando que a fumaça do tal "cachimbo da guerra" amazônico, pitado pelo presidente imperador, foi capaz de anuviar os céus da selva de pedra paulistana. Vão vendo...

 Em conversa com alguns colegas virtuais através do Twitter (aquela rede social ao qual sinto nervoso de escrever, pois como bom verborrágico que sou, até mesmo para dar um simples "bom dia", 140 caracteres são insuficientes), falávamos da tal situação das queimadas e brincávamos sobre não terem incluído no rol das criaturas mortas pelas chamas os pobres Koalas e Pandas amazônicos. Já que Koalas e Pandas, assim como as Girafas, não residem no "pulmão do mundo", lembrei do folclore local que dava conta de uma criatura faceira, de pele rosada feito a tez dos mamilos de uma virgem ruiva, e que graciosamente canta e encanta as jovens donzelas com o nefasto intuito de deflorá-las e deixá-las logo após o coito. 

"Boto maroto. Menino levado. Come as mina e logo sai voado..."

 Quem diria que esse safado animal, que contrariando as leis da natureza, talvez seja o único animal irracional (há controvérsias) que faz sexo por prazer, locupletando-se da ingenuidade das jovens donzelas apenas para saciar sua lascívia. Maldito animal? Creio que não, ainda.

 Foi então que veio na mente os possíveis motivos de não terem convocado o Boto Rosa para essa empreitada. O que seria estranho para qualquer um com consciência ambiental, né? Afinal, ele está em extinção e parece que só ocorre naquela região que hoje é (supostamente) assolada pela pirofagia de um governo tirano.

 Pensem comigo e digam se o Boto não seria um ativo político de alto rendimento? Mas, após ruminar o comportamento um tanto exótico do fatídico animal, concluí que ele na verdade não enquadra-se nos moldes do comportamento "politicamente correto" imposto por essa parcela da população engajada com as causas ambientais. Mas pensem mesmo e coloquem numa balança as narrativas impostas e os fatos concretos. Vão ver que os resultados são  assombrosos. 

 Em primeiro lugar o tal Boto Rosa é machista, pois submete as mulheres ao coito e as deixa sem ao menos agradecer por tal intimidade. 

 Não satisfeito, esse animal canalha só mantém conúbios carnais com mulheres, quase sempre heterossexuais ou, possivelmente, bissexuais. Nada de coito com homossexuais masculinos. Traduzindo: o Boto é homofóbico.

 E para fechar com chave de ouro a chamada "tríade comportamental do canalha fascista moderno", o Boto usa as mulheres como objetos sexuais sem o menor pudor. As inebria e ilude com sua beleza e sua fala mansa para em seguida deflorá-las, impiedosamente. Depois ele some, sem deixar um bilhete sequer. Não manda flores, bombons, nem um tuíte dizendo que ela continua sendo um "pedacinho do esquema".

 Maldito Boto! Que seja cozido nas águas do rio com limões... ops! Solimões.

 PAZ!

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